Noções de Manuseio Seguro de Produtos Químicos

O manuseio seguro de produtos químicos é uma questão prioritária em diversos setores industriais, especialmente em empresas que lidam diretamente com substâncias perigosas.

Garantir a segurança dos colaboradores e do meio ambiente, enquanto se evita acidentes e minimiza os riscos de exposição a substâncias tóxicas, é fundamental para qualquer empresa que deseja operar de forma responsável. 

Diante desse cenário, surge a necessidade de capacitação por meio de treinamentos especializados, como o curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos, oferecido pela Intertox Academy.

Neste artigo, vamos explorar as principais noções sobre o manuseio seguro de produtos químicos, os riscos associados a esse processo e como o curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos pode ser uma solução eficiente para as empresas que querem garantir a segurança no trabalho e o cumprimento das normas regulamentadoras.

A Importância do Manuseio Seguro de Produtos Químicos

Substâncias químicas estão presentes em praticamente todos os setores da indústria, seja na fabricação de produtos, no tratamento de matérias-primas ou mesmo no processo de descarte de resíduos. 

O manuseio inadequado de produtos químicos pode resultar em graves acidentes, como explosões, incêndios, contaminação do ambiente e danos à saúde dos trabalhadores, podendo levar a doenças agudas e crônicas.

Por isso, é imprescindível que os colaboradores e gestores tenham conhecimento dos perigos associados a essas substâncias e saibam como lidar com elas de maneira segura. 

É aqui que entra a relevância do curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos, que visa educar os profissionais sobre as melhores práticas para evitar riscos.

Principais Riscos no Manuseio de Produtos Químicos

Existem diversos tipos de riscos ao se trabalhar com produtos químicos, que podem variar conforme a natureza da substância e o ambiente de trabalho. 

Os principais riscos incluem:

  • Toxicidade: Produtos químicos podem ser tóxicos ao serem inalados, ingeridos ou ao entrarem em contato com a pele, podendo causar efeitos nocivos, tais como: alergias, doenças graves e até morte.
  • Inflamabilidade: Alguns produtos químicos são altamente inflamáveis, oferecendo risco de incêndios e explosões.
  • Corrosividade: Certas substâncias são corrosivas e podem causar danos severos ao entrar em contato com a pele ou com materiais no ambiente de trabalho.
  • Reatividade: A interação entre diferentes substâncias químicas pode desencadear reações perigosas, como explosões ou a liberação de gases tóxicos.

Esses riscos podem ser minimizados ou evitados por meio da implementação de medidas de segurança adequadas, que são detalhadas no curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos.

Medidas de Controle para o Manuseio de Produtos Químicos

Adotar medidas de controle eficazes é essencial para a segurança no ambiente de trabalho. Entre as principais estratégias estão:

Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é uma das formas mais comuns de controlar a exposição a produtos químicos. 

EPIs como luvas, máscaras, aventais e óculos de proteção devem ser utilizados de forma adequada para garantir que o trabalhador não tenha contato direto com substâncias perigosas.

Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)

Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são utilizados para proteger todos os trabalhadores em um determinado ambiente. 

Entre eles, podemos citar sistemas de ventilação e exaustão, que ajudam a remover vapores e gases tóxicos do local de trabalho, e a sinalização de emergência, que orienta os trabalhadores em casos de acidentes.

Monitoramento Biológico

O monitoramento biológico envolve a medição de níveis de exposição a produtos químicos no organismo dos trabalhadores. 

Esse controle é essencial para identificar se as medidas de proteção estão sendo eficazes e, se necessário, implementar ajustes.

Essas medidas, assim como outras práticas de segurança, são abordadas no curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos, capacitando os profissionais a identificar riscos e adotar estratégias preventivas.

Documentação e Normas de Segurança

Um dos pontos centrais no manuseio de produtos químicos é a correta interpretação e aplicação das normas e documentos de segurança. 

No Brasil, a comunicação de perigo e a classificação de produtos químicos (Sistema Globalmente Harmonizado (GHS) são regulamentadas pela NR-26 e pela ABNT-NBR 14725:2023, além de outras regulamentações que garantem o controle seguro dessas substâncias.

Entre os principais documentos e normas de segurança destacam-se:

No curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos, os participantes aprendem a interpretar esses documentos e normas e a utilizá-los como ferramentas para garantir a segurança no ambiente de trabalho.

Armazenamento e Descarte de Produtos Químicos

O armazenamento inadequado de produtos químicos pode resultar em sérios acidentes. 

Portanto, é necessário seguir boas práticas de armazenamento, que incluem a separação de produtos incompatíveis, o uso de sinalizações adequadas e a instalação de equipamentos de segurança, como chuveiros de emergência e extintores de incêndio.

O descarte correto de resíduos químicos é uma responsabilidade legal e ambiental. 

Produtos perigosos não podem ser descartados em lixo comum, devendo seguir um processo específico que minimize os impactos ambientais e proteja a saúde pública. 

Empresas que não realizam esse processo corretamente podem sofrer sanções severas.

Esses temas também são abordados no curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos, onde são oferecidas orientações práticas sobre o armazenamento e descarte seguro de substâncias químicas.

A Solução: Curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos da Intertox Academy

A Intertox Academy oferece o curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos, uma solução ideal para empresas que desejam garantir a segurança no trabalho e cumprir com todas as normas regulamentadoras. 

O curso é voltado para profissionais que manuseiam produtos químicos e têm a responsabilidade de proteger a si mesmos e a seus colegas de trabalho.

Objetivo do Curso

O curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos tem como objetivo aprofundar o conhecimento dos participantes sobre os riscos químicos envolvidos no ambiente de trabalho. 

O curso abrange a comunicação de perigo, a correta interpretação de documentos de segurança, a seleção de EPIs e EPCs, e a conformidade com as normas regulamentadoras.

Metodologia de Ensino

O curso é ministrado de forma dinâmica, combinando a apresentação de materiais visuais com a exposição oral dos instrutores. Além disso, a interação entre os participantes é incentivada, o que permite uma troca rica de experiências e um aprendizado mais efetivo.

Conteúdo Programático

O conteúdo programático do curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos é abrangente, incluindo tópicos como:

  • Introdução à segurança de produtos químicos
  • Sistemas de classificação de produtos perigosos no Brasil
  • Documentos de segurança química e sua interpretação
  • Medidas de controle, incluindo EPIs e EPCs
  • Boas práticas de manuseio, armazenamento e descarte de produtos perigosos

Formato do Curso

O curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos é oferecido tanto no formato presencial quanto online, garantindo flexibilidade para as empresas. Com uma carga horária de 3 horas, o curso pode ser realizado em um único dia, o que facilita a organização das turmas dentro da rotina empresarial.

Benefícios para as Empresas

Ao investir no curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos, as empresas podem obter diversos benefícios, como:

  • Redução de acidentes de trabalho: O conhecimento sobre manuseio seguro ajuda a prevenir acidentes e garantir um ambiente mais seguro.
  • Conformidade com as regulamentações: Empresas que seguem as normas de segurança evitam multas e sanções, além de proteger sua reputação no mercado.
  • Aumento da eficiência operacional: Com colaboradores bem treinados, a empresa opera de forma mais eficiente, minimizando interrupções e gastos com acidentes.

Conclusão

O manuseio seguro de produtos químicos é um desafio que exige conhecimento técnico e a aplicação de medidas preventivas rigorosas. 

Para garantir a segurança dos colaboradores e o cumprimento das regulamentações, é fundamental que as empresas invistam na capacitação de seus funcionários. 

O curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos oferecido pela Intertox Academy é a solução ideal para preparar os profissionais, oferecendo o conhecimento necessário para lidar com essas substâncias de forma segura e eficiente.

A segurança no trabalho é uma responsabilidade de todos. Investir no curso Manuseio Seguro de Produtos Químicos é um passo importante para garantir um ambiente de trabalho mais seguro, saudável e produtivo.

Fluxo  de  Aprovação  do SafetyChem

No ambiente corporativo moderno, a gestão de produtos químicos é uma tarefa complexa que exige conformidade com regulamentos rigorosos e uma abordagem sistemática para garantir a segurança e a eficiência. 

O Fluxo de Aprovação do SafetyChem é uma solução inovadora que transforma esse processo, proporcionando uma maneira automatizada e eficiente de gerenciar a aprovação de produtos químicos. 

Neste artigo, exploraremos como o SafetyChem otimiza o fluxo de aprovação e os benefícios que essa automação traz para as empresas.

O que é um Fluxo de Aprovação?

O fluxo de aprovação é um processo essencial dentro das empresas que lidam com produtos químicos, envolvendo a revisão e autorização de solicitações de compra antes da entrada dos produtos nas instalações. 

Este processo é fundamental para garantir que todas as etapas atendam aos critérios técnicos, regulamentares, impactos ambientais e de segurança necessários. 

Em resumo, o fluxo de aprovação organiza e controla as etapas para que as solicitações sejam revisadas e aprovadas de forma adequada, minimizando riscos e assegurando conformidade com as normas internas e externas, definindo os responsáveis necessários para este processo.

O Desafio da Gestão Manual

Quando  o processo de fluxo de aprovação para produtos químicos é realizado manualmente, pode resultar em processos lentos e propensos a erros. 

A revisão das informações, a comunicação entre diferentes áreas responsáveis pela aprovação e a documentação necessária podem se tornar um desafio significativo. 

Esses desafios incluíam:

  • Tempo: A revisão manual das solicitações pode ser demorada, impactando a eficiência geral.
  • Erros: O risco de erros é elevado quando o processo é realizado manualmente, o que pode levar a problemas de conformidade.
  • Falta de Conformidade: Assegurar que todos os requisitos regulamentares sejam atendidos pode ser complicado sem uma ferramenta adequada, podendo gerar também impactos ambientais e de segurança.

Como o SafetyChem revoluciona o Fluxo de Aprovação

O SafetyChem é uma solução desenvolvida pela Intertox para automatizar e otimizar o fluxo de aprovação de produtos químicos. 

A plataforma oferece uma série de funcionalidades que transformam a maneira como as empresas gerenciam a entrada de produtos químicos, tornando o processo mais eficiente, seguro e em conformidade com as regulamentações, sistematizando a interação entre os requisitantes e as áreas aprovadoras, com formulários customizáveis e notificações por e-mail.

Vamos explorar as principais características e benefícios desta solução.

Funcionalidades Principais

1. Automatização do Processo de Aprovação

O SafetyChem automatiza a interação entre requisitantes e áreas aprovadoras, facilitando a revisão e aprovação, pelas áreas definidas pela empresa, das solicitações de produtos químicos. 

Com a automatização, o tempo de processamento é reduzido e o risco de erros humanos é minimizado.

2. Criação e Gestão de Requisições

A ferramenta permite a criação detalhada de requisições, incluindo a descrição do produto, composição, e quaisquer informações necessárias para o segmento da empresa, utilizando de formulários customizados para o requisitante e para cada área aprovadora, e toda a documentação técnica necessária. 

Facilita o gerenciamento e controle com eficácia de quais produtos químicos entram em uma determinada instalação, proporcionando aos aprovadores designados a oportunidade de revisar as FDS e outras informações do produto antes da compra.

Essa funcionalidade assegura que todas as informações essenciais sejam fornecidas e revisadas antes da aprovação.

3. Formulários Personalizados

O SafetyChem oferece a possibilidade de criar formulários personalizados para os requisitantes e áreas aprovadoras, para atender às necessidades específicas de cada processo. 

Isso inclui a definição de informações obrigatórias, anexos necessários e se o processo de aprovação será sequencial ou simultâneo.

4. Gestão de Aprovadores e Etapas

Com o SafetyChem, é possível configurar quais usuários terão permissão para criar requisições e quais serão responsáveis pela aprovação em cada etapa do processo. 

Isso garante que cada área relevante, como segurança, meio ambiente e regulatório, participe da revisão.

5. Regulamentação e Conformidade

A plataforma inclui dados regulatórios integrados, como a presença de produtos controlados, limites de exposição ocupacional e substâncias restritas da própria empresa. 

O SafetyChem identifica automaticamente ingredientes em listas restritivas e assegura conformidade com normas como NR 15, ACGIH, DSL, TSCA e outras.

6. Notificações e Relatórios

O SafetyChem envia notificações por e-mail para cada etapa do processo de aprovação, garantindo que todos os envolvidos estejam atualizados. 

Além disso, oferece a possibilidade de gerar relatórios customizáveis sobre as requisições e o histórico do fluxo de aprovação, facilitando a análise e a tomada de decisões.

Saiba mais sobre a Gestão de Produtos Químicos

Quer saber como o Fluxo de Aprovação do SafetyChem ajuda na gestão de produtos químicos em uma empresa? Após a leitura deste conteúdo, assista ao webinar: Gestão de produtos químicos: Fluxo de aprovação de entrada de Produtos Químicos

Conclusão

O Fluxo de Aprovação do SafetyChem representa um avanço significativo na gestão de produtos químicos, oferecendo uma solução automatizada que melhora a eficiência, segurança e conformidade no gerenciamento de produtos químicos na empresa.. 

Com suas funcionalidades avançadas e benefícios claros, o SafetyChem é uma ferramenta essencial para empresas que buscam otimizar seus processos internos e assegurar uma gestão adequada de produtos químicos. 

A adoção desta solução é um passo importante para garantir um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente, alinhado com as melhores práticas e regulamentações vigentes.

Como elaborar um rótulo GHS para produtos químicos

A segurança no manuseio e transporte de produtos químicos é uma prioridade essencial para empresas que produzem, armazenam ou utilizam produtos químicos.

O Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS) foi desenvolvido para estabelecer critérios para a classificação e rotulagem de produtos químicos em todo o mundo. 

Um rótulo GHS para produtos químicos é fundamental para garantir que todas as partes envolvidas compreendam os perigos associados e saibam como manusear esses produtos com segurança. 

Este artigo explicará como elaborar um rótulo GHS eficaz e conforme as diretrizes internacionais.

Importância do rótulo GHS

1. Segurança

O rótulo de produtos químicos é uma etiqueta que fornece informações essenciais sobre os perigos, composição e precauções de um produto químico, garantindo a segurança de todos os que manuseiam e utilizam esses produtos. 

2. Conformidade legal

No Brasil, a rotulagem conforme o GHS é uma documentação obrigatória (MTE NR-26, ABNT NBR 14725). A rotulagem preventiva GHS é crucial para a segurança dos trabalhadores e do meio ambiente, visando garantir o uso adequado e minimizar os riscos.

Além do Brasil, muitos países adotaram o GHS em suas regulamentações. Cumprir essas normas é essencial para evitar multas e penalidades, além de garantir a conformidade legal.

Componentes de um rótulo GHS para um produto químico perigoso

Um rótulo GHS para produtos químicos perigoso deve conter informações específicas para atender às diretrizes do sistema. Aqui estão os principais componentes que devem ser incluídos:

1. Identificação do produto

O rótulo do produto químico perigoso deve conter a identificação do produto conforme utilizado na FDS. 

2. Identificação do fornecedor

Deve conter o nome, endereço e o(s) número(s) de telefone de emergência do fornecedor.

3. Identidade química


Deve incluir a identidade química da substância ou, no caso de misturas deve incluir a identidade química dos ingredientes que contribuam para a classificação de perigos. 

4. Pictogramas de perigo

O(s) perigo(s) associado(s) ao produto químico deve(m) ser informado(s) por meio de seus pictogramas de perigo. Consistem em um símbolo preto, sobre fundo branco e com borda vermelha, em forma de um quadrado, colocado em um ângulo de 45° (forma de losango).

5.Palavra de advertência

São as palavras “Perigo” ou “Atenção”, que servem para indicar a maior ou menor gravidade de perigo e alertar o leitor sobre um possível perigo.  que indicam o nível de severidade do perigo.

6. Frases de perigo

A frase de perigo é um texto padronizado e significa uma advertência atribuída a uma classe e categoria de perigo que descreve a natureza dos perigos de um produto perigoso, incluindo, quando adequado, a gravidade de perigo. 

Todas as frases de perigo atribuídas devem ser incluídas no rótulo do produto químico perigoso. 

7. Frases de precaução

Uma frase de precaução descreve medidas que devem ser tomadas para minimizar ou prevenir efeitos adversos resultantes da exposição, armazenamento inadequado ou manuseio de um produto perigoso. A rotulagem deve incluir frases de precaução pertinentes. 

Componentes de um rótulo GHS para um produto químico não classificado como perigoso

A rotulagem de produto químico não classificado como perigoso deve conter no mínimo as seguintes informações: 

  1. identificação do produto; 
  2. identificação do fornecedor: contendo o nome, o endereço e o(s) número(s) de telefone de emergência; 
  3. uma das duas frases: “Não classificado como perigoso de acordo com a ABNT NBR 14725” ou “Não classificado como perigoso conforme GHS da ONU”;
  4. recomendações de precaução. 

Passos para elaborar um rótulo GHS para produtos químicos

1. Identificação dos perigos

O primeiro passo para elaborar um rótulo GHS para produtos químicos é identificar os perigos associados ao produto. Isso envolve a revisão de dados toxicológicos, informações de segurança e qualquer outra documentação relevante.

2. Definição dos elementos de rotulagem

Com base nos perigos identificados, são definidos os elementos de rotulagem pertinentes a classificação de perigos do produto, sendo:

  • Palavra de advertência;
  • Pictogramas
  • Frases de perigo
  • Frases de precaução

3. Inclusão das informações do fornecedor

Adicione as informações de contato do fornecedor no rótulo. Isso inclui o nome, endereço e número de telefone, permitindo que os usuários entrem em contato para obter mais informações ou assistência.

5. Revisão e verificação

Revise o rótulo para garantir que todas as informações estejam corretas e completas. Verifique se todos os componentes exigidos pelo GHS estão incluídos e se as informações são precisas e atualizadas.

6. Impressão e aplicação

Após a revisão e verificação, imprima os rótulos e aplique-os nos recipientes dos produtos químicos. Certifique-se de que os rótulos sejam duráveis e resistentes às condições de armazenamento e transporte.

Conclusão

Elaborar um Rótulo GHS para produtos químicos é uma etapa essencial para garantir a segurança no manuseio e no armazenamento de produtos químicos. 

Ao identificar os perigos, selecionar os pictogramas e palavras de advertência corretos, redigir declarações claras de perigo e precaução, e incluir informações de contato do fornecedor.

No Brasil,  empresas que trabalham com produtos químicos devem atender ao exposto na NR-26 e na norma ABNT NBR 14725, as quais nos embasam com os critérios para a rotulagem conforme o GHS. 

Uma vez que os rótulos estejam disponíveis, é necessário garantir que todos os envolvidos compreendam os perigos da substância ou mistura e saibam como manusear os produtos de forma segura é essencial para a prevenção de acidentes e a promoção de um ambiente de trabalho seguro e saudável.

Ficha de Emergência: O que mudou e obrigatoriedade

No transporte de produtos perigosos, a segurança é uma prioridade máxima. Para garantir que todas as medidas de segurança sejam seguidas e que os riscos sejam minimizados, a Ficha de Emergência é um documento essencial. 

Nos últimos anos, houve diversas mudanças nas regulamentações e nas exigências relacionadas a esse documento. 

Neste artigo, vamos explorar o que mudou na Ficha de Emergência, sua obrigatoriedade e a importância desse documento para a segurança no transporte de cargas perigosas.

O que é a Ficha de Emergência para o transporte rodoviário de produtos perigosos?

Atualmente, no Brasil, a norma ABNT NBR 7503/2020 descreve as orientações para elaboração da Ficha de Emergência, que trata-se de um documento que contém informações cruciais em caso de emergência durante o transporte terrestre de produtos perigosos.

Este documento foi projetado para fornecer detalhes essenciais rapidamente em situações críticas, permitindo uma resposta eficiente e coordenada, a fim de minimizar danos à saúde humana e ao meio ambiente.

Sendo um documento essencial para a segurança no transporte de produtos perigosos, pois fornece orientações claras para os motoristas, equipes de resgate e outros envolvidos em situações de emergência.

Conteúdo da Ficha de Emergência

A Ficha de Emergência de acordo com a norma ABNT NBR 7503  é subdividida em 6 áreas de A até F, sendo:

  • Identificação do Produto: Dados da empresa, nome do produto, nome apropriado para embarque, número ONU, classe de risco, e número de risco.
  • Aspecto: estado físico, propriedades do produto, incompatibilidade para o transporte.
  • EPI de uso exclusivo da equipe de atendimento à emergência: Equipamentos necessários para a proteção dos trabalhadores durante a manipulação e o transporte do produto.
  • Riscos: Descrição dos riscos associados ao produto, incluindo riscos à saúde, riscos de fogo, explosão e ambiental.
  • Em caso de acidente: Ações a serem tomadas em caso de acidente, incluindo procedimentos de evacuação, contenção de vazamentos, combate a incêndios, primeiros socorros e contatos de emergência.
  • Observações: Inclusão de mais informações relevantes ao transporte do produto perigoso. 

Mudanças na Ficha de Emergência

Nos últimos anos, várias mudanças foram implementadas nas regulamentações que regem a Ficha de Emergência para transporte em conformidade com a norma ABNT NBR 7503. 

A norma ABNT NBR 7503 foi revisada em 2020 e foi tomado o cuidado de não alterar o layout existente, de modo a não penalizar quem já tem a Ficha de Emergência e pretende seguir utilizando-a, no entanto o modelo largamente conhecido passou a ser informativo. 

Foi excluída a padronização, as especificações de tamanho, cor, letra, entre outros. Também foi criado um novo anexo com modelo informativo que a empresa pode colocar as informações de forma sequencial, sem seguir qualquer layout padrão.

Importância da Ficha de Emergência

A Ficha de Emergência é importante para o primeiro no local, quando ocorre um acidente no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, dentre eles, o corpo de bombeiros, administradores de rodovias, polícia rodoviária, entre outros. 

As equipes que vão atender as emergências precisam de informações imediatas do produto de modo a evitar um mal maior. A sua falta pode ter o agravamento,tanto para a segurança das pessoas, como para o meio ambiente. 

Quanto às penalidades/sanções por não ter a informação, vai depender das consequências, as ações que se agravam ou atenuem, e tudo será analisado pelo órgão ambiental e a legislação ambiental prevê penalidades mais severas. 

Segurança dos Motoristas e Pessoal Envolvido

A Ficha de Emergência para transporte é importante para a segurança dos motoristas e do pessoal envolvido no transporte de produtos perigosos. Ela fornece orientações claras sobre como agir em caso de acidente, reduzindo o risco de ferimentos graves ou fatais.

Quanto mais rápido se tiver a informação a respeito do(s) produto(s) perigoso(s) transportado, mais rápido será realizado o atendimento. 

Compete a cada empresa fazer esta avaliação de risco e decidir por qual via seguirá disponibilizando a ficha de emergência com as informações para a equipe de atendimento.

Proteção do Meio Ambiente

Produtos perigosos podem causar danos significativos ao meio ambiente em caso de vazamentos ou derramamentos. 

A ficha de emergência inclui procedimentos específicos para contenção e descontaminação, minimizando os impactos ambientais de possíveis acidentes.

As equipes que vão atender as emergências devem receber as informações imediatas do produto de modo a evitar um mal maior. A sua falta pode ter o agravamento, tanto para a segurança das pessoas, como para o meio ambiente. 

Eficiência nas Operações de Resgate

Para as equipes de resgate, ter acesso imediato às informações contidas na Ficha de Emergência para transporte é vital para uma resposta rápida e eficaz. 

Isso inclui detalhes sobre os riscos do produto, medidas de segurança e procedimentos de primeiros socorros, permitindo que as equipes atuem de maneira informada e segura.

A via mais rápida de obter a informação é portar o documento impresso e disponibilizá-lo no local e hora do acidente. 

Disponibilizar o documento via eletrônica pode ser um risco, tendo em vista a probabilidade de ausência de sinal de internet no local do acidente ou mesmo a indisponibilidade do celular do motorista, seja por dificuldade de acesso ao aparelho ou de acesso ao documento no próprio aparelho. 

Gerenciamento da Ficha de Emergência

Atualização do documento 

É essencial que a Ficha de Emergência para transporte seja atualizada regularmente para refletir quaisquer mudanças nos produtos transportados, nas regulamentações ou nos procedimentos de emergência. 

As informações desatualizadas podem comprometer a eficácia da resposta a emergências.

Treinamento 

O treinamento dos motoristas e do pessoal envolvido no transporte é fundamental. Isso garante que todos estejam familiarizados com o conteúdo da ficha e saibam como agir em caso de emergência. 

Simulações e exercícios práticos podem ser úteis para reforçar o treinamento.

Disponibilização do documento

Quanto mais rápido se tiver a informação, mais rápido será o atendimento em caso de emergência no transporte rodoviário de produtos perigosos. Assim, a forma mais rápida de obter a informação é portar o documento impresso e disponibilizá-lo no local e hora do acidente.

A disponibilização via eletrônica pode ser um risco, tendo em vista a possível ausência de sinal de internet no local do acidente ou indisponibilidade do celular do motorista. 

Conclusão

A Ficha de Emergência é um documento importante para garantir a segurança no transporte rodoviário de produtos perigosos. 

As recentes mudanças nas regulamentações e normas permitem que as empresas tenham liberdade na elaboração do documento, garantindo a disponibilização de informações importantes no caso de acidente no transporte de produtos perigosos. 

Com informações precisas e atualizadas disponíveis, os profissionais de emergência podem tomar decisões mais eficazes sobre o tratamento e a assistência necessária.

Ao fornecer informações sobre precauções especiais ou condições médicas específicas, a Ficha de Emergência contribui para garantir a segurança e o bem-estar do indivíduo em situações de emergência durante o transporte.

Ao adotar as melhores práticas de gestão da Ficha de Emergência, as empresas podem não apenas evitar penalidades, mas também demonstrar seu compromisso com a segurança e a sustentabilidade, contribuindo para um ambiente mais seguro para todos.

Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos

O GHS – Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos é um manual internacionalmente reconhecido que estabelece critérios para a classificação  e rotulagem de produtos químicos. 

Criado para promover a segurança e a comunicação clara sobre os perigos associados a produtos químicos, o GHS desempenha um papel crucial em diversas indústrias ao redor do mundo. 

Neste artigo, exploraremos em detalhes o que é o sistema GHS, sua origem, adoção no Brasil, regulamentação, classificações e categorias de perigo, declarações de perigo, indústrias que utilizam o GHS e seus benefícios.

O que é o Sistema GHS?

O GHS – Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos é um conjunto de critérios e recomendações desenvolvidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de  garantir a segurança durante o manuseio e utilização de perigos de produtos químicos em todo o mundo, facilitando o comércio internacional de produtos químicos.

Por que o Sistema GHS foi criado?

Em 1992, na ECO 92, a United Nations Conference on Environment and Development (UNCED) identificou a necessidade de unificar os sistemas de classificação de produtos químicos, a fim de comunicar os perigos por intermédio de fichas com dados de segurança de produtos químicos, rótulos e símbolos facilmente identificáveis. 

Nesta Conferência, o principal documento produzido foi a Agenda 21, composta por um conjunto de resoluções, os quais 179 países assumiram o compromisso de contribuir para a preservação do meio ambiente.

Assim, seguindo o previsto no Capítulo 19 da Agenda 21, foi criado o Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals (GHS), com o objetivo de aumentar a proteção da saúde humana e do meio ambiente e facilitar o comércio internacional de produtos químicos cujos perigos foram apropriadamente avaliados e identificados em uma base internacional. 

Este sistema de classificação foi publicado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em um Manual conhecido como Livro Púrpura ou, do inglês, Purple Book.

A primeira edição do GHS foi adotada em dezembro de 2002 e publicada em 2003. Desde então, o GHS vem sendo atualizado, revisado e aprimorado a cada dois anos, conforme surgem necessidades e ganha-se experiência na sua implementação.

Antes do GHS, cada país tinha seus próprios critérios e padrões, o que levava a inconsistências e confusão na comunicação dos perigos dos produtos químicos. A harmonização global foi necessária para:

Melhorar a Segurança: Proporcionar informações claras e consistentes sobre os perigos dos produtos químicos para trabalhadores, consumidores e socorristas.

  • Facilitar o Comércio Internacional: Reduzir barreiras comerciais causadas por diferentes sistemas de classificação e rotulagem.
  • Proteger a Saúde e o Meio Ambiente: Garantir que todas as partes interessadas, em qualquer parte do mundo, tenham acesso a informações precisas sobre os riscos associados aos produtos químicos.

Quando o Brasil adotou o Sistema GHS?

No Brasil, a adoção do GHS é obrigatória para locais de trabalho, como previsto na Norma Regulamentadora n° 26 (NR-26), do Ministério do Trabalho e Emprego.

A NR-26 prevê que a classificação e rotulagem preventiva harmonizada devem atender à norma técnica oficial vigente, que atualmente é a norma ABNT NBR 14725, que foi atualizada em julho de 2023, estabelecendo novas diretrizes para classificação de perigo, rotulagem e a nova Fichas com Dados de Segurança (FDS) de modo a incorporar no Brasil a 7ª edição revisada do Purple Book da ONU.

A implementação do GHS no Brasil foi um passo significativo para alinhar o país com os padrões internacionais de segurança química, promovendo uma comunicação clara e eficaz sobre os perigos dos produtos químicos.

Classificações e categorias de perigo do GHS

O GHS  estabelece os critérios para a classificação  de perigos físicos, a saúde humana e meio ambiente. 

Elementos de rotulagem do GHS

Os elementos de rotulagem do GHS fornecem informações específicas sobre os riscos associados a um produto químico e as precauções que devem ser tomadas ao manuseá-lo. Os elementos de rotulagem incluem:A

s declarações de perigo incluem:

  • Palavra de advertência: são as palavras  “Perigo” ou “Atenção” e servem para indicar a maior ou menor gravidade de perigo e alertar o leitor sobre um possível perigo. 
  • Pictogramas: o(s) perigo(s) associado(s) ao produto químico deve(m) ser informado(s) por meio de seus pictogramas de perigo. Consistem em um símbolo preto, sobre fundo branco e com borda vermelha, em forma de um quadrado, colocado em um ângulo de 45° (forma de losango). 
  • Frases de perigo: é um texto padronizado e significa uma advertência atribuída a uma classe e categoria de perigo que descreve a natureza dos perigos de um produto perigoso. 
  • Frases de precaução: descreve medidas que devem ser tomadas para minimizar ou prevenir efeitos adversos resultantes da exposição, armazenamento inadequado ou manuseio de um produto perigoso. 

Indústrias que usam o GHS

O GHS é amplamente utilizado em diversas indústrias que lidam com produtos químicos, incluindo:

  • Indústria química: Produção e distribuição de produtos químicos industriais.
  • Indústria farmacêutica: Fabricação de medicamentos e produtos de saúde.
  • Indústria de cosméticos: Produção de cosméticos e produtos de higiene pessoal.
  • Indústria de alimentos e bebidas: Uso de aditivos e conservantes químicos.
  • Indústria de tintas e vernizes: Produção de tintas, vernizes e revestimentos.
  • Agricultura: Uso de pesticidas, herbicidas e fertilizantes.
  • Construção civil: Uso de produtos químicos em materiais de construção e manutenção.

Benefícios do GHS

A adoção do GHS – Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos traz inúmeros benefícios, incluindo:

1. Melhor comunicação de riscos

O GHS fornece uma linguagem padronizada para comunicar os perigos dos produtos químicos, facilitando a compreensão e a conscientização dos trabalhadores. .

2. Aumento da segurança

Com informações claras e precisas sobre os perigos, é possível adotar medidas preventivas mais eficazes, reduzindo acidentes e incidentes relacionados ao manuseio de produtos químicos.

3. Conformidade regulamentar

A adoção do GHS ajuda as empresas a cumprirem as regulamentações internacionais e nacionais, evitando multas e penalidades.

4. Facilitação do comércio internacional

A harmonização das classificações e rotulagem de produtos químicos reduz as barreiras comerciais, facilitando a exportação e importação de produtos.

5. Proteção ao Meio Ambiente

Ao fornecer informações detalhadas sobre os perigos ambientais dos produtos químicos, o GHS promove práticas de manuseio e descarte mais seguras, protegendo o meio ambiente.

Conclusão

O Sistema Globalmente Harmonizado, conhecido pela sigla GHS (Global Harmonized System), é um sistema internacionalmente reconhecido que busca aumentar a proteção à saúde humana e ao meio ambiente. 

Proporciona um método unificado e facilmente compreendido para a comunicação dos perigos associados aos produtos químicos, incluindo elementos visuais (pictogramas) para exibir esses perigos nas etiquetas e Fichas com Informações de Segurança (FDS).

É um esforço da Organização das Nações Unidas (ONU), tem como resultado a uniformização da comunicação de perigos no mundo (diminuição de impasses regulatórios no comércio internacional), com benefícios para a indústria; além da proteção do trabalhador e do consumidor, já que são adotados critérios de classificação de perigos e rotulagem preventiva produtos químicos.

No Brasil, o GHS é adotado por meio da Norma Regulamentadora nr° 26 (NR-26), a qual prevê que a classificação e rotulagem preventiva harmonizada devem atender à norma técnica oficial, ou seja, a norma ABNT NBR 14725. 

A implementação do GHS traz uma série de vantagens, como:

  • Maior proteção a saúde e segurança humana;
  • Identificação dos perigos apresentados pelo produto químico;
  • Mais segurança para o meio ambiente;
  • Facilidade no comércio internacional de produtos químicos.

Com a implementação correta e contínua do GHS, empresas e trabalhadores podem garantir um ambiente de trabalho mais seguro e sustentável, promovendo a proteção da saúde e do meio ambiente.