O Brasil está sediando o maior evento esportivo do mundo: As Olímpiadas e Paraolimpíadas. Tendo sua concentração no Rio de Janeiro, é normal que muitos atletas estrangeiros de climas diferentes tenham se preparado para as temperaturas escaldantes e o Sol de Copacabana. Porém, algo que eles também precisaram se preparar foi contra as doenças que tem deixado a população em alerta, como a Dengue e o Zika vírus. O Zika tem sido motivo para muitos atletas famosos, medalhistas olímpicos e campões mundiais, desistirem da participação nas competições de 2016. Enquanto outros países da América Latina, como Colômbia, têm tido medidas efetivas contra a epidemia de Zika, o Brasil ainda engatinha em uma solução para prevenir o contágio do vírus.
Como se não fosse o suficiente, especialistas brasileiros em saúde advertiram os atletas que irão competir nas águas do Rio de Janeiro: Vocês podem sofrer uma intoxicação.
A Baía de Guanabara está em um programa de despoluição a mais de sete anos, porém, os resultados apontam que a água se encontra cada vez mais contaminada. A falta de saneamento básico faz com que comunidades locais despejem toneladas de esgoto nas águas, causando a poluição e contaminação das mesmas. A situação é tão crítica que em junho desse ano um cadáver foi encontrado boiando no local.
A ingestão da água poluída pode gerar a contaminação dos atletas e banhistas, desde um rota-vírus que causa diarreia, até uma superbactéria que pode ser fatal para pessoas com imunidade mais baixa. Os estudos e dados levantados apontam micro-organismos altamente resistentes e perigosos, tornando algumas das praias do Rio de Janeiro indevidas para o nado.
A discussão da falta de saneamento básico, e a poluição das águas é um assunto antigo e já discutido muitas vezes no Brasil, que investe desde 1990 milhões de reais para a descontaminação das áreas. Mais do que um problema ambiental, é um problema de saúde que coloca em risco milhões de pessoas que frequentam as praias tóxicas.
A Biblioteca Intertox Prof. Eustáquio Linhares Borges conta com um acervo rico em obras sobre meio ambiente, segurança química e toxicologia. Pensando na temática, foram separadas três obras para destaque:
- Guia de Potabilidade para substâncias químicas – Gisela de Aragão Umbuzeiro (Coord.)
- Procedimentos para utilização de testes de toxicidade no controle de efluentes líquidos – CETESB
- Implementação de testes de toxicidade no controle de efluentes líquidos – CETESB.
Essas três obras, e muitas outras, estão disponíveis para consulta na Biblioteca Intertox, conheça mais a respeito através de uma pesquisa na plataforma Biblivre.
Referências
http://www.nytimes.com/2016/07/27/world/americas/brazil-rio-water-olympics.html?rref=collection%2Fsectioncollection%2Fscience&action=click&contentCollection=science®ion=stream&module=stream_unit&version=latest&contentPlacement=2&pgtype=sectionfront&_r=0
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/07/colombia-declara-fim-de-epidemia-de-zika-no-pais.html